Anne e Rennan caminham em direção ao cemitério,
eles param de conversar quando observam algumas folhas sobre o túmulo.
- É camelia! - diz Anne chocada.
- Pelo que me disse seu pai não tinha muitos
amigos, era uma pessoa fechada. Quem teria trazido essas flores então?
- Tem o pessoal com quem ele estava trabalhando
ultimamente, mas ninguém era não próximo assim! Tem o Eduardo e a Daniele...
- Quanto tempo conhece esses dois?
- A Daniele faz uns dez anos e o Eduardo o conheci
faculdade.
- Alguma vez ficou na dúvida sobre o caráter de
algum deles?
- Não, isso seria impossível! O Edu era meu noivo e
a Daniele é incapaz de fazer mal a alguem. Eles são minha família agora.
- Senhorita Anne, trabalho a oito anos como detetive
e já vi casos em que o próprio filho mata a mãe por caula de uns trocados.
Então desconfia de qualquer um, até se resolver tudo! Seu pai era um homem
muito rico, isso atrai pessoas com má influência.
Anne se abaixa perante ao túmulo e passa a mão sobre
o nome de seu pai na lapidice.
Enquanto isso...
No apartamento Daniele vasculha o quarto de Anne,
ela abre as gavetas e portas do guarda roupa. Não encontrando o que procura
fica extremamente nervosa.
- Que droga, cade será aquele maldito papel! - exclamou
após colocar tudo no lugar novamente.
O telefone toca, Daniele fica insegura ao ouvir a
voz.
- Estou tentando, mas não posso fazer as coisas
aparecerem do nada! Vou conseguir isso pra você, então confia em mim - desliga
e volta a procurar o tal papel no escritório.
Daniele tenta abrir uma gaveta que está trancada,
ela usa a força e quebra a trava.
- Tem que estar aqui!
Ela sorri ao abrir uma pasta, vasculha os papéis e
encontra o que procura.
- Pronto! Agora está em minhas maõs - disse
guardando o papel em sua bolsa e caminhando para fora do apartamento.
A garota chama um táxi. Cumprimenta o homem sentado
ao volante e passa o endereço anotado em um papel.
- Isso é do outro lado da cidade... Uma área
perigosa madame!
- Eu sei - reclamou pegando seu celular e discando
um número - Oi, estou a caminho! Avise para liberar a passagem. Em trinta
minutos, certo!
Ela olha para o motorista.
- Pronto, agora pode seguir em frente! - exclamou
sorrindo.
Meia hora depois ela está na zona mais perigosa da cidade.
Daniele desce do carro, aperta a bolsa contra seu corpo ao perceber os olhares
de cobiça a sua volta. A garota caminha até a porta de uma residência.
Insegura, sua voz sai tremula.
- Olá - diz batendo na porta, que se abre antes do
segundo toque - Eu sou...
Sua garganta seca dificulta o término da frase. Um
mulher vem de encontro a Daniele. Parecia uma cigana a mulher a encara, ao por
os pés na casa Daniele sente um calafrio, mas já estava longe para desistir.
- Sei quem você é! Trouxe o que lhe pedi?
- Sim - diz entregando o papel a mulher.
- Sente-se! - a mulher indica uma cadeira de frente
para uma mesa exoterica - Garanto pra você que não vai demorar. E você terá o
que sempre quis em alguns dias.
Medo. Ansiedade. Vários sentimentos ao mesmo tempo
invadem Daniele, ela suspira e diz que sim com a cabeça para que a cigana
continue com o programado.
Continua...
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