No
hospital Anne observa Daniele pelo vidro. Rennan desconfia de algo, em sua
cabeça poderia jurar que a garota abrir os olhos.
- O
que você tem hoje? - pergunta Anne ao sair do hospital.
-
Tenho um conhecido que está me devendo um favor, ele é cirurgião. Se liberar
posso pedir a ele para dar uma olhada na sua amiga - Resmunga Rennan depois de
ver os olhares do médico em cima de Anne.
-
Você acha necessário?
- Já
disse que não confio naquele "doutorzinho". Ele esconde algo e eu vou
descobrir - reclama ligando o carro.
Enquanto isso...
Um
carro com vidros totalmente fume estaciona em frente ao hospital, logo após
Rennan e Anne saírem rumo ao departamento de policia. O medico responsável por
Daniele se aproxima do carro, cuidadoso olha para os lados certificando-se de
que não havia ninguém por perto. O homem abaixa os vidros e entrega ao medico
um envelope.
-
Espero que esteja tudo aqui – reclama abrindo o envelope e conferindo as notas
de dinheiro – Entre pelos fundos ela espera você na saída das ambulâncias.
O
homem fecha os vidros, liga o carro e segue para onde o medico havia apontado.
Naquela noite...
Anne
sai do elevador, sentindo a presença de alguém. Ela observa as pessoas ao seu
lado, não era exatamente aquela presença que sentia, não era a presença de
calor humano. Ao rodar a chave na fechadura, Gabriel aparece a seu lado.
-
Não entre – sussurrou – ligue para o detetive primeiro.
- E
dizer o que? Ah oi, é que tem um fantasma aqui e pediu pra ligar pra você antes
de abrir a porta...
- É
serio – o rosto de Gabriel se fecha, o trinco da porta começa a esquentar a tal
ponto que Anne teve que retirar as mãos da fechadura.
Ela
reclama e procura o celular na bolsa.
-
Olá, não só pra dizer que cheguei bem. É estou no meu apartamento... – dizia a
Rennan enquanto entrava no cômodo escuro.
Sua
voz some ao ver uma sombra. O barulho de uma arma sendo engatilhada. Um
disparo.
- Ahhhh – grita agonizante Anne sentindo a
bala penetrar sua carne.
Ela
cai no chão, seus sentidos turvos. A bala da pistola aloja um pouco abaixo de
seu ombro. A voz não lhe era estranha,
mas não soube diferenciar e concluir de quem era.
-
Não precisava ser assim, porem não tive escolhas – o homem se aproxima e
dispara novamente desta vez a bala perfura o peito de Anne.
O
homem deixa o apartamento sem olhar para trás. Gabriel aparece e senta ao lado
do corpo de Anne.
-
Não posso ficar aqui a noite toda – reclama percebendo que Anne não abria os
olhos – Anne você esta quase morta, saia do corpo. Precisamos conversar logo
antes de você retornar a vida – instiga Gabriel.
Aos
poucos Anne abre os olhos. Confusa ela olha para o seu próprio corpo a seu
lado.
-
Droga, eu morri reclama – Sem ver quem era o desgraçado.
-
Você não morreu, não ainda - explica Gabriel o fato de quase morte a Anne –
Venha vou te levar pra ver uma pessoa que não teve tempo de se despedir.
Os
olhos de Anne enchem de lagrimas e naquele momento ela não sente mais dor, na
verdade desde que “morreu” se sentia feliz. Uma felicidade que transbordava de
seus olhos. Ela segura na mão de Gabriel que a guia para a luz.
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