Cena
I: Mansão Valentin - Noite
Ele
caminha em direção as garotas, seu andar era parecido com o andar de um felino
que acaba de encurralar sua presa.
Clarice: É agora que ele mata duas da
gente, coloca os corpos no porta malas e fica com apenas uma...
Ellen
dá uma cotovelada em Clarice que reclama. Valentin sorri.
Ellen: Você me levou pra casa ontem –
fala intrigada – o que aconteceu entre a gente depois que...
Clarice
e Mel se olham.
Valentin: Depois que? – interrogou
suavemente com um sorriso nos lábios.
Ellen: Droga, não me lembro! – diz
lutando pra se lembrar de algo, qualquer coisa que lhe ajude – Minha mãe... ela
disse que cheguei acompanhada por um rapaz de carro vermelho e não por um taxi!
Merda, o que estou fazendo? Me desculpe, não devia ter vindo aqui... assim sem
avisar!
Valentin: Acompanhei-te até em casa sim!
Depois que um... bicho mordeu seu pescoço, você ficou estranha. Até quis te
levar para o hospital, mas você não aceitou e pegou um taxi! Sua mãe deve estar
achando que sou um monstro, algum tipo de psicopata, não é mesmo?
Clarice: É bem a sua cara fazer isso!
Por a gente em algum mico seu!
As
três garotas se olham. Ellen revira os olhos.
Mel: Espera – comenta entrando na
conversa – O que aconteceu com seu carro? Se a Ellen não foi pra casa com você,
da onde são essas marcas de sangue?
Valentin
caminha até uma porta. Ele abre deixando a mostra vários quadros. Ele aponta
para uma lata de tinta vermelha tombada no chão.
Valentin: Eu pinto nas horas vagas.
Alguns de meus trabalhos exponho no centro da cidade, em uma galeria de arte.
Hoje a tarde levei um quadro com tinta fresca e deu no que deu! – explica
calmamente.
Mel
finge acreditar, mas Valentin percebe sua euforia ele se aproxima dela. Olha em
seus olhos.
Valentin: Acredite em mim, é tinta o que
esta vendo dentro do carro! – diz com seus olhos cintilantes.
Cena
II: Residência Almeida – Noite
A
procura de sua filha, Elena resolve ir à casa dos amigos de Ellen. Ela toca a
campainha e espera ser atendida. Um momento depois, a porta se abre a figura a
sua frente a encara de cima a baixo, aquele olhar fez Elena suspirar.
Antônio: Olá! – diz sorrindo.
Elena: Desculpe, doutor! Não queria
incomodar a essa hora ,mas minha família saiu desde cedo e até agora não
voltou...
Ricardo: Oi dona Elena, aconteceu algo
com a Ellen?
Elena: Não sei Ricardo, a Ellen saiu
com as amigas e até agora nada! Os pais da Clarice e da Mel também estão
preocupados.
Ricardo: A Mel também? – questiona
preocupado.
Elena
e Antônio se entreolham, Marlene aparece na porta. O coração de Elena dispara,
o sorriso de Antônio desaparece.
Cena
III: Apartamento Fernandes – Noite
No
escritório Roger conversa com Coelho e tenta bolar um plano para separar sua
filha de Ricardo que também seu filho.
Coelho: Pode deixar doutor, vou armar
algo para que sua filha pegue o garoto com outra! Só preciso de uma ocasião...
Roger: Isso é o de menos, no próximo
final de semana é aniversario dela! Será perfeito – sorri maldosamente apertando
a mão de Coelho firmando parceria.
Os
dois homens se entreolham, Roger escuta aporta da frente sendo aberta. Ele
alerta Coelho para sair.
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