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sábado, 3 de maio de 2014

Capítulo 4 de Universo Paralelo



 A queda de energia elétrica deixa o ambiente tenso, Anne não acredita no que está vendo. Eduardo como sempre religioso tem uma explicação para tudo aquilo, os espíritos querem mostrar algo a Anne.
- Querida não se assuste, apenas deixe-os mostrar o que querem.
- Porque está falando no plural? Tem mais de um? - questiona aflita.
- Estamos cercados Anne! - murmurou ao lado de sua ex-noiva.
" Camélia" - repetida diversas vezes por uma voz sussurrada e triste.
Está foi a palavra pronunciada e escutada por Eduardo e Anne. As luzes se acendem novamente e eles se deparam sozinhos na sala.
- Você acha que devo procurar a polícia? Talvez um padre, bispo, pastor... Na pior das hipóteses um exorcista? - brinca Anne sentindo o medo invadir seu corpo.
- Me disse que um policial te procurou, peça ajuda a ele. Anne seu pai está tentando te passar uma mensagem.   A garota senta no sofá, deixando seu corpo relaxado o quanto pode.
- E ele não podia fazer isso nos meus sonhos, talvez escrever um email do além! - brinca nervosa com o que estava acontecendo - Preciso descansar Edu, se puder me deixar sozinha...
- Não quer que passe a noite com você?
As luzes pisca novamente. Anne olha para a Lâmpada da sala depois para Edu.
- É melhor não! - sorri sem animação.
Eduardo entende o recado passado pelos olhos de Anne.
- Qualquer coisa me liga, vou estar sempre a sua disposição! - Eduardo se despede dando um beijo no rosto de Anne.
Em seu quarto Anne anda de um lado para outro. Ela se lembra de uma caixa de recordações que deixava em seu guarda roupa. Ela despejar as lembranças sobre a cama, procura qualquer coisa que a leve a " Camélia" ou qualquer outra pista.
- Papai nunca fui boa em enigmas, odeio caça palavras ou jogos de adivinhação! - reclama olhando as fotografias - Preciso de uma bebida, talvez clareie minhas idéias.
Na sala Anne enche seu copo de uísque, as luzes voltam a piscar. Ela toma o líquido em um gole só, a bebida queima seu estômago vazio.
- Qual é? Agora não posso nem beber um drink - reclama olhando para o copo vazio.
Anne sente a presença de algo na sala. Ele pega o litro de uísque e o copo e caminha para seu quarto. Anne sente que está sendo seguida, que alguem a observa.
- Chega! - grita - Eu preciso pensar... Não consigo fazer isso com você me pressionando!
Ela enche seu copo novamente e deixa o litro sobre a cabeceira de sua cama. Anne senta na beirada da cama e bebe seu drink novamente. O litro de uísque na cabeceira cai ao chão se despedaçando em milhares de pedaços.
- Porque não aparece? Vamos mostre sua cara... Sabe quanto custa esse uísque? Papai que brincadeira sem graça, apareça logo - reclama furiosa olhando para todos os cantos de seu quarto.
A figura de homem é materializada no centro de seu quarto, a boca entre aberta de Anne revela sua surpresa.
- Merda! - murmurou Anne - Você nem de longe se parece com meu pai!
Falava observando o homem vestido de preto, a luz baixa de seu quarto não atrapalhou Anne focar nos olhos daquele desconhecido. O homem cruza os braços sobre o peito, desafiante.
- Quem é você? - pergunta se levantando da cama, ficando frente a frente com o homem - Ou melhor o que é você?
Perguntas que o homem não responde, aponta para a fotografia de pai sobre a cama. Sem desviar os olhos de Anne se aproxima. Ele ergue a mão, poupando sobre os olhos de Anne, ela sente o toque quente e reconfortante. Uma dormência invade seu corpo, logo um sono profundo faz suas pálpebras se fecharem, o desconhecido a leva para cama. 

Na manhã seguinte...
No departamento Rennan vasculha os documentos sobre o acidente do pai de Anne. Ele se assusta ao levantar a cabeça e ver o rosto a sua frente. Totalmente relaxada Anne lança um sorriso ao detetive.
- Bom dia! Preciso da sua ajuda. Quero desvendar os mistérios que rodeiam a morte de meu pai.
Os dois se olham.

Continua...

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